O tal dia do meu pai
Hoje não é dia de abelhas.É dia daquela nostalgia beirã, das raízes.
Em dias assim, em que o frio vai jantar a Trancoso e cear a Penedono, o meu pai despertava do seu exílio lisboeta e agitava-se. Sentia o cair manso da neve , ou a vítria magia do sincelo, lá longe, em Trancoso, aonde ficara a infancia e talvez a felicidade. Todo ele abanava em saudades e eu sentia-o.
A partir daí sempre o repeti, sempre procurei nestes dias o aconchego das raízes, do cheiro da lenha de castanheiro, os ouriços numa cesta outonal, a neve nos olhos , no nariz, a excitação de partir para essa partida , povoada de árvores despidas.
Nestes dias, apetece-me ir ao seu encontro.
Nestes dias, apetece-me aos meus dizer:
-Vamos passear!
E a viagem não ter começo nem fim.
Nem noite.
Em dias assim, em que o frio vai jantar a Trancoso e cear a Penedono, o meu pai despertava do seu exílio lisboeta e agitava-se. Sentia o cair manso da neve , ou a vítria magia do sincelo, lá longe, em Trancoso, aonde ficara a infancia e talvez a felicidade. Todo ele abanava em saudades e eu sentia-o.
A partir daí sempre o repeti, sempre procurei nestes dias o aconchego das raízes, do cheiro da lenha de castanheiro, os ouriços numa cesta outonal, a neve nos olhos , no nariz, a excitação de partir para essa partida , povoada de árvores despidas.
Nestes dias, apetece-me ir ao seu encontro.
Nestes dias, apetece-me aos meus dizer:
-Vamos passear!
E a viagem não ter começo nem fim.
Nem noite.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home