Talvez viver
Tenho lido amiúde uns simpáticos sonhadores, a propósito da crise civilizacional actual , apresentarem o argumento de que esta é uma opurtunidade aurea para mudar-mos de vida.
Acho óptimo mudar de vida, estou pronto a subscrever. Podiamos ser mais vegetarianos e mais sobrava para os famintos nas áfricas, os urbanos podiam andar a butes ou então descobrir viaturas que não gastassem petróleo, os rurais pedalavam nas pedaleiras, os transportadores seriam carroceiros e até, imagine-se, teriamos mais tempo para a vida, não fora o caso de o capitalismo triunfante ser corrosivo para o tempo ludico.
Seria um mundo bonito!
Mas tem um mas. É que caso a humanidade estivesse disposta a chatices destas isto demoraria uns anos a implementar e no entretanto, seria bom talvez viver....
Acho óptimo mudar de vida, estou pronto a subscrever. Podiamos ser mais vegetarianos e mais sobrava para os famintos nas áfricas, os urbanos podiam andar a butes ou então descobrir viaturas que não gastassem petróleo, os rurais pedalavam nas pedaleiras, os transportadores seriam carroceiros e até, imagine-se, teriamos mais tempo para a vida, não fora o caso de o capitalismo triunfante ser corrosivo para o tempo ludico.
Seria um mundo bonito!
Mas tem um mas. É que caso a humanidade estivesse disposta a chatices destas isto demoraria uns anos a implementar e no entretanto, seria bom talvez viver....
4 Comments:
tás-te a meter comigo, salafrário?! Vou ali à praia e já volto. Depois venho cá ou lá continuar a conversa...grande abraço
Não só contigo meu lindo, quem mais quiser enfiar a carapuça....
De qualquer modo a minha concordância é genuína...nestes termos
eu sei que a tua (dis)concordância é genuína. mas olha uma coisa, que este calor de verão está pouco propício para argumentos longos: não achas que é maior idealismo pnesar que vamos a algum lado sem mudar de estilos de vida? olha para a nossa vida de cada um: parece um heroísmo deixar de fumar, sugarmos colestrol, carnes vermelhas, fazermos exercício, tratarmos das carnes, do espirito e dos ossos, mas qualquer um de nós ao dobrar os quarenta percebe que vai viver melhor se o fizer e quanto mais depressa o fizer. com mais ou menos radicalismo, isso não importa, é a tomada de consciência que urge sublinhar. idealismo é pensar que podemos andar a fazermos a mesma vida que fazíamos aos vinte anos e ter uma perspectiva saudável de vida....o que penso - e admito que o penso porque tenho á partida uma disponibilidade para encarar uma crise como algo positivo - é que se nos deitarmos a pensar sobre esta pré-crise podemos estar a criar um contexto de oportunidades, só isso. temos de repensar o nosso conceito de sociedade da abundância e da escassez não a partir da prateleira do hipermercado mais próximo de nós mas a partir da vaste rede de compromissos que a nivel global é preciso fazer para que essa mesma prateleira tenha o aspecto risonho que apresenta nos dias felizes da sociedade da abundância. abraços
Deves convir que eu não serei um consumista dos mais tipicos.De qualquer modo eu sei que me fugiu aqui a perninha para o burlesco..
No fundo, o que eu quis dizer é que o problema, são os entretantos, o saber o que se pode fazer e o implementá-lo demora tempo demasiado, para aquela enorme quantidade de gente que tem que aprender a viver de outro maneira já amanhã.E até isso custa dinheiro a quem não o tem.É a real politica esta.
Abraços
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