Sunday, July 16, 2006

42º à sombra

O sequeiro alentejano está áspero e não há produtividade que resista ao sol do Alentejo. Não entendo os horários de trabalho no Verão português. Qual o rendimento do trabalho de trabalhadores braçais, numa tarde de quarenta graus à sombra ? Existem estudos sobre isso? Alguém investigou, quantificou?
Entendo mais o horário andaluz do sul de Espanha, aonde a sesta ainda permanece uma instituição intocável nas zonas rurais, só possivel num país regionalizado, que trata de forma diversa realidades que também o são. Nunca um burocrata citadino se lembraria, sentado no seu gabinete arejado de Lisboa, de considerar um disparate, um cantoneiro ou um trolha trabalharem, ou fazerem de conta que o fazem, sob o sol das duas da tarde. Talvez aja aqui um problema de produtividade, competitividade, acertividade ou o que lhe quiserem chamar.

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