Passar-lhe a mão ao de leve
É ano de boas searas. É um ano raro, daqueles que nem por encomenda. O agricultor, como o apicultor, normalmente espera o pior. Não este ano. No nosso clima, dizem os entendidos, a cultura cerealífera está condenada pelo clima, pelo "mercado". Mas os alentejanos continuam, são uma espécie de" irredutiveis gauleses", continuam a semear, por hábito, conservadorismo, mas também por sentimento. O trigo é também um sentimento, faz parte da história de um povo. Desafiando a racionalidade económica, semeia-se porque é uma beleza ver uma seara de trigo, com as suas espigas, ondulante ao vento. E passar-lhe a mão por cima. Não há economistas que entendam isto lá do labirinto dos seus gabinetes.
1 Comments:
anda lá passar a mão noutro lado, abelhudo...
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