Uma campanha nada alegre
Aproxima-se o dia do referendo e as minhas dúvidas avolumam-se. Oiço uns e outros, e a todos eu dou razão nas suas meias verdades, aos quatro ventos proclamadas como certezas. Este não é um assunto que se possa discutir, é tudo uma questão de fé e a fé não se discute. Ou se tem ou não se tem. Há quem considere que às dez semanas, uma mulher carrega no ventre um ser humano e então vota não. Há quem considere que às dez semanas, uma mulher carrega no ventre uma coisa humana e então vota sim. Não acho que uns estejam mais errados do que outros, a questão é que ninguém no mundo me pode dizer seguramente quando é que se começa a ser pessoa. Sabê-lo, definiria o sentido do meu voto, porque não me é indiferente , como o não deve ser para o estado, que a verdade seja uma ou outra. Mas falta-me a fé, uma qualquer .
2 Comments:
Este e um tema sempre triste, por aqui a interrupcao da gravidez ou TOP como e reconhecido entre profissionais e coisa comum e oferecido frequentemente e sem um piscar de olhos.
Para mim e sempre dificil trabalhar com uma paciente que por opcao ou por razoes medicas tem que passar por esse calvario.Alguns colegas meus por serem Muculmanos recusam a trabalhar nesses casos porque nao resistem a tentar influenciar a paciente a mudar de ideia. No meu caso tento dar toda a informacao possivel para que a paciente possa tomar uma decisao informada,mas de qualquer maneira e sempre muito dificil....
não é uma questão de fé, P. É uma questão política. Podem querer transformá-la numa questão de fé. Mas é uma questão politica.
Post a Comment
<< Home