Thursday, August 23, 2007

Fogo

Parecia um filme épico dos anos quarenta. Eu no alto de um cerro, a ribeira lá no fundo, tudo acabado de queimar. Das colmeias só ficaram as tampas metálicas e o fumo saindo dos restos delas, e o silêncio nesta natureza morta, quebrado pelas rajadas de vento que levavam o fumo e o desalinho aos meus cabelos. Só vento, fumo e o terrível que também seduz. Do momento, registei a luz baixa de amarelo pálido,o silenciar das aves, a estranha indiferença de todos, com algo de horror e êxtase.

4 Comments:

Blogger João Paulo Pedrosa said...

SER PORTUGUÊS 5

É isto mesmo, esta merda dos fogos todos os anos, ser português é ver como os fogos acontecem sem que se faça a tão anunciada prevenção. Os rebanhos vão desaparecendo, a agricultura vai deixando os pastos para as chamas e o ministro da agricultura vem defender o milho transgénico, quando devia andar a defender o milho regional!

Se precisares de um voluntário com equipamento para desmatar é só dizeres... já não serve para este ano, mas para o próximo...

Coragem!

Um ano também deitei fogo ao Monte Barata, sem querer e por triste acaso, arderam 4 hectares, mas tive muito apoio dos vizinhos, no combate às chamas e depois.

4:35 PM  
Blogger Pedro said...

Tragico e poetico...

12:59 PM  
Blogger JPN said...

tens desafio no respirar, faz-te à biblioteca, amigo!

8:08 AM  
Blogger Lília Mata said...

Descobri hoje, ao acaso de algumas deambulações, este blog. Quis deixar um olá :)

Lília

10:48 AM  

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