Fogo
Parecia um filme épico dos anos quarenta. Eu no alto de um cerro, a ribeira lá no fundo, tudo acabado de queimar. Das colmeias só ficaram as tampas metálicas e o fumo saindo dos restos delas, e o silêncio nesta natureza morta, quebrado pelas rajadas de vento que levavam o fumo e o desalinho aos meus cabelos. Só vento, fumo e o terrível que também seduz. Do momento, registei a luz baixa de amarelo pálido,o silenciar das aves, a estranha indiferença de todos, com algo de horror e êxtase.
4 Comments:
SER PORTUGUÊS 5
É isto mesmo, esta merda dos fogos todos os anos, ser português é ver como os fogos acontecem sem que se faça a tão anunciada prevenção. Os rebanhos vão desaparecendo, a agricultura vai deixando os pastos para as chamas e o ministro da agricultura vem defender o milho transgénico, quando devia andar a defender o milho regional!
Se precisares de um voluntário com equipamento para desmatar é só dizeres... já não serve para este ano, mas para o próximo...
Coragem!
Um ano também deitei fogo ao Monte Barata, sem querer e por triste acaso, arderam 4 hectares, mas tive muito apoio dos vizinhos, no combate às chamas e depois.
Tragico e poetico...
tens desafio no respirar, faz-te à biblioteca, amigo!
Descobri hoje, ao acaso de algumas deambulações, este blog. Quis deixar um olá :)
Lília
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