Outras praias da minha vida
A época, os apetites solares, continuam a puxar o assunto balnear. Assim percorro as minhas praias, as praias da minha vida.
Aos vinte anos, minha tardia adolescência, proclamei abolidos os calções de banho para todo o sempre, glorificada a nudez universal. Passei a escolher as praias pela naturalidade da minha exposição solar e a ostentar ostensivo desprezo por todas aquelas, quase todas, praias familiares, que me não permitiam o completo desfrute do corpo e do sol.
Nessa cruzada, fui parar à costa sudoeste em tempos de alegre libertinagem, ali para o castelejo ou para a cordoana, perto de Sagres, praias que cheiram a esteva, inspiradoras de qualquer putativo apicultor. Aí perdido do real, sonhava com os dias do devir.
Também Odeceixe marcou uma época, quando do lado alentejano da ribeira, uma comunidade hirsuta montava arraiais com tendas, música da Nina Hagen e dos Sex Pistols aos repelões, alemoas de nádegas rosadas, charros flamejantes, strips espontâneos em cima das mesas de um bar improvisado, e um alemão maneta e grande como um pedregulho, que na sua carrinha improvisava umas pizzas deliciosas, em flagrante delito de lesa ASAE.
Depois, mais tolerante ao têxtil, redescobri o Algarve, a praia de Albandeira em Lagoa, a ilha de Tavira e mais recentemente o Barril, que todos os jovens príncipes apreciam pelo comboio ronçeiro que acede à praia. E sempre que posso, embora não de modo tão religioso, lá vou soltar o corpo, atirar o calção de banho para bem longe, na praia nudista de Porto Côvo, aonde se pode andar nu e ser feliz até à epiderme.
Aos vinte anos, minha tardia adolescência, proclamei abolidos os calções de banho para todo o sempre, glorificada a nudez universal. Passei a escolher as praias pela naturalidade da minha exposição solar e a ostentar ostensivo desprezo por todas aquelas, quase todas, praias familiares, que me não permitiam o completo desfrute do corpo e do sol.
Nessa cruzada, fui parar à costa sudoeste em tempos de alegre libertinagem, ali para o castelejo ou para a cordoana, perto de Sagres, praias que cheiram a esteva, inspiradoras de qualquer putativo apicultor. Aí perdido do real, sonhava com os dias do devir.
Também Odeceixe marcou uma época, quando do lado alentejano da ribeira, uma comunidade hirsuta montava arraiais com tendas, música da Nina Hagen e dos Sex Pistols aos repelões, alemoas de nádegas rosadas, charros flamejantes, strips espontâneos em cima das mesas de um bar improvisado, e um alemão maneta e grande como um pedregulho, que na sua carrinha improvisava umas pizzas deliciosas, em flagrante delito de lesa ASAE.
Depois, mais tolerante ao têxtil, redescobri o Algarve, a praia de Albandeira em Lagoa, a ilha de Tavira e mais recentemente o Barril, que todos os jovens príncipes apreciam pelo comboio ronçeiro que acede à praia. E sempre que posso, embora não de modo tão religioso, lá vou soltar o corpo, atirar o calção de banho para bem longe, na praia nudista de Porto Côvo, aonde se pode andar nu e ser feliz até à epiderme.
3 Comments:
gosto tanto de viajar pelas tuas praias...
temos que juntar as minhas às tuas...
Todo esse Algarve é o meu Algarve, ainda com umas outras praias entre o Barril e Monte Gordo.
Embalei vezes sem conta, primeiro grávida e depois ao colo, a minha filha no comboio do Barril. Depois mais e mais miúdos têm vindo de todos os lados. Bem vindo, pois.
~CC~
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