Wednesday, February 07, 2018

Clemente Pestana é um coração sem eira nem beira, rara doença do espirito para a qual não sabe de paliativo, talvez o tempo lho construa.
Não sabemos em qual esquina da vida se estragou, diz que já amou, demais até, largou a pele e a alma até perder o norte e esvaziar-se. Como é seu costume não foi nada, sobreviveu, a vida é um lugar de surpresas, encantamentos, e essa porta aberta ao desconhecido que espreita, deu sentido a uma forma de solidão escolhida. Tem dias em que estar só é apenas consentido, falta-lhe alguém a quem abraçar em casa, alguém para dizer que não é nada, nada há que temer, estamos aqui. Outros dias em que saboreia não precisar mudar nada no seu quotidiano caótico, poder fazer tudo ou nada e sem tensões ácidas. Volta e meia, muitas vezes se encanta por esta ou aquela mulher que lhe ofereça a benevolência de para ele olhar, todas sente magnificas, por isto ou aquilo que umas têm e outras não, todavia o caos sensível. Ele, incompleto, gostaria de as agasalhar a todas no seu coração se isso coubesse na vida.


Diz estar exausto de sofrer e fazer sofrer, será uma desculpa que arranja para si mesmo, ser sem consequência? Estará cansado de viver demais, pensar demais? Comove-se com os casais cúmplices que vê sentados em restaurantes, com os beijos apaixonados e os olhos brilhantes dos amantes que vê por aí, como nos filmes. Aliás adora ver filmes de amor, com muito amor, sofre de ternura. E caos.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home