Tuesday, December 26, 2017

É no desagasalho dos pássaros que me chegas
Límpido azul-cobalto nas pausas da conversa, tens as mãos mais macias do mundo das minhas.
Agora chegas em sonhos de quando durmo apaziguado, já não com o brilho de outrora
És um sonho difuso e as mãos são folhas vegetais, não és alto mas tens ares de sequóia
E a mesma altivez da palavra que escreve quando falo
Sou sempre capaz de te achar entre giestas e torgas ou quando bebo vinho
Quando corto a nortada, ou me dou ao sol nos pedaços de mar que ambos levamos.
És todavia, o mistério que me é eterno.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home