Sunday, September 01, 2013


Januários, Josués e outros que tais, moços taludos e guerriões, tão depressa amigos, como de mal uns com os outros.
Nesse tempo a aldeia tinha muita gente e sendo muitos, bastante guerreavam pelas tabernas e seus poiais. Nunca gostei de barulhos, sempre fui pequenote e eles corpanzudos, havia sempre algum já bebido que começava a implicação, espenicando aqui ou ali, a ver por onde pegava. Eles eram abrutados, se um falava alto, o outro tinha que soar mais ainda, sempre em crescimento, até que por vezes saltava uma punhada direita às ventas de algum, podendo até sobrar para alguém que não estivesse no barulho. Eu fazia que não era nada, a ver se a moenga girava para outro qualquer com mais posses para lhes dar troco.
No dia seguinte, voltavam a falar-se e parecia que não fora nada. No que eles bem se entendiam, era a receber os das outras aldeias à pedrada quando cá havia baile, e vinham de fora fazer olhinhos de carneiro mal morto às nossas, as cá do monte. Nestas e noutras guerreias, eu nunca me tirei do lado de fora. Rapazes, já se sabe…

0 Comments:

Post a Comment

<< Home