Januários, Josués e outros que tais, moços taludos e
guerriões, tão depressa amigos, como de mal uns com os outros.
Nesse tempo a aldeia tinha muita gente e sendo muitos,
bastante guerreavam pelas tabernas e seus poiais. Nunca gostei de barulhos,
sempre fui pequenote e eles corpanzudos, havia sempre algum já bebido que
começava a implicação, espenicando aqui ou ali, a ver por onde pegava. Eles
eram abrutados, se um falava alto, o outro tinha que soar mais ainda, sempre em
crescimento, até que por vezes saltava uma punhada direita às ventas de algum,
podendo até sobrar para alguém que não estivesse no barulho. Eu fazia que não
era nada, a ver se a moenga girava para outro qualquer com mais posses para lhes
dar troco.
No dia seguinte, voltavam a falar-se e parecia que não fora
nada. No que eles bem se entendiam, era a receber os das outras aldeias à
pedrada quando cá havia baile, e vinham de fora fazer olhinhos de carneiro mal
morto às nossas, as cá do monte. Nestas e noutras guerreias, eu nunca me tirei
do lado de fora. Rapazes, já se sabe…
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