Bullyng não é palavra que a gente entenda, já judiar sim, sei bem o que isso é.
Estudar, pouco! A nossa escola foi feita nas azenhas, ali no rio aprendemos a nadar, a pescar, aquilo que nos fazia falta para a vida, aí passámos uns com os outros o cabo da vida de rapazes, brincando aos encontrões, quais franganotes guerreões.
Havia dois que eram maus, o Flores e o Libelinha, que lá me acharam um dia sózinho entre as tamargueiras da margem, cismando na lida das ovelhas, eu que não fazia mal a ninguem e era receoso. Eles sentiram-me encolhido e puseram-se de volta de mim a dizer agora é que as levas, fizeram-me levar o caminho da escola, eu olhando de viés a ver de onde viria a primeira punhada. Tive a esperteza do sentido de lhes filar o pescoço aos dois, abraçados entre os meus braços, e por força do aperto assim os mantive ali quietos, mas não podia ali os ter toda a vida e quando os larguei logo cresceram para mim. Por instinto forneci o Flores de um murro que lhes abriu os beiços enquanto o camarada se manteve a milhas, surpreendido tanto quanto eu da potência do meu punho direito. E foi assim que voltaram as azenhas a ser um lugar sossegado da minha moçidade.
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