-O homem não tem bom sentido. Ora, diz o outro, se ele toda a vida foi maluco...
-Não era agora em velho que haveria de ser melhor!
Eufrazino, no seu andar enviezado, montou a bicicleta várias vezes, até se conseguir firmar, apanhou o fresco da noite, e seguiu, iluminado pelo luar, a caminho da sua aldeia, deixando no balcão um rasto de medronhitos bebericados e um alvoroço buliçoso no ar.
O caso não era para menos. Dele não escasseavam ditos e feitos. Hoje apresentou-se como filho do Champalimão, prestes a receber vultuosa herança em fazendas e prédios, e ainda para mais, proprietário de abelhas desconhecidas, todos sabendo tratar-se de um pobre diabo que em tempos proclamou ,ali passando, estar a caminho de Selmes para comprar pastagem para as suas supostas mil ovelhas, quando mais não possuia que um galinheiro com alguns garnizés. Ocupava o tempo em todas as tabernas, proclamando fantasias e bebendo até estar em estado de rastejar, fedendo a alcool e mau viver, com o que empestava a vida da sua santa senhora, que todos os dias se levantava para ir trabalhar num restaurante, até serem horas de lhe entregar o ganho, sempre sob a ameaça de porradas certas. Toda a vida foi maluco, e já agora mau, acrescento eu.
Como nas histórias exemplares, os maus acabam sózinhos, perdendo o feitio à familia, fedendo a mijo encardido e dizendo baboseiras, descompostos, pelos ermos.
-Não era agora em velho que haveria de ser melhor!
Eufrazino, no seu andar enviezado, montou a bicicleta várias vezes, até se conseguir firmar, apanhou o fresco da noite, e seguiu, iluminado pelo luar, a caminho da sua aldeia, deixando no balcão um rasto de medronhitos bebericados e um alvoroço buliçoso no ar.
O caso não era para menos. Dele não escasseavam ditos e feitos. Hoje apresentou-se como filho do Champalimão, prestes a receber vultuosa herança em fazendas e prédios, e ainda para mais, proprietário de abelhas desconhecidas, todos sabendo tratar-se de um pobre diabo que em tempos proclamou ,ali passando, estar a caminho de Selmes para comprar pastagem para as suas supostas mil ovelhas, quando mais não possuia que um galinheiro com alguns garnizés. Ocupava o tempo em todas as tabernas, proclamando fantasias e bebendo até estar em estado de rastejar, fedendo a alcool e mau viver, com o que empestava a vida da sua santa senhora, que todos os dias se levantava para ir trabalhar num restaurante, até serem horas de lhe entregar o ganho, sempre sob a ameaça de porradas certas. Toda a vida foi maluco, e já agora mau, acrescento eu.
Como nas histórias exemplares, os maus acabam sózinhos, perdendo o feitio à familia, fedendo a mijo encardido e dizendo baboseiras, descompostos, pelos ermos.
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