Podia ser carnaval, mas era dia de funeral.
A meio da manhã, na Venda da Cruz, já ao balcão diante daquele pássaro, muitos copos de tinto estavam despejados. Estava quase na hora de sair para o cemitério mas a algazarra era muita, galhófa, esquilas a retinir, o homem de cabelinho branco e barriga de vida airada, era o cómico eterno de todas as larachas.
- Estás desmorecido porquê, ò toleirão?- Arremeteu ele
- Tio! É o funeral do meu irmão.
Já nem ouviu a resposta, o seu carnaval seguiu para outra esquina, arrastando os pés.
Ficámos todos a murmurar que toda a vida foi assim, nada lhe chega ao pêlo, é festa em todas as horas e lugares enquanto viva, nunca fez nada, a sorte foi ter-se empregado no estado aonde se foi rindo e queixando de dores nos intervalos da risota.
- Fui sempre parvo! Mas olhem, tenho mais dinheiro do que terra.
E continuaram as proclamações até à hora das despedidas. Nós por cá, vamos cavar na horta, ajuda a levar a vida.
A meio da manhã, na Venda da Cruz, já ao balcão diante daquele pássaro, muitos copos de tinto estavam despejados. Estava quase na hora de sair para o cemitério mas a algazarra era muita, galhófa, esquilas a retinir, o homem de cabelinho branco e barriga de vida airada, era o cómico eterno de todas as larachas.
- Estás desmorecido porquê, ò toleirão?- Arremeteu ele
- Tio! É o funeral do meu irmão.
Já nem ouviu a resposta, o seu carnaval seguiu para outra esquina, arrastando os pés.
Ficámos todos a murmurar que toda a vida foi assim, nada lhe chega ao pêlo, é festa em todas as horas e lugares enquanto viva, nunca fez nada, a sorte foi ter-se empregado no estado aonde se foi rindo e queixando de dores nos intervalos da risota.
- Fui sempre parvo! Mas olhem, tenho mais dinheiro do que terra.
E continuaram as proclamações até à hora das despedidas. Nós por cá, vamos cavar na horta, ajuda a levar a vida.
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