Benazir

Tinha boa cara esta mulher.

Café Portugal

O Natal foi pródigo em prendas a maior parte delas desagradáveis. Uma coisa boa foi o convite do meu amigo PNS para participar num blog de eborenses com o nome de Café Portugal. Entendi essa participação como um contributo de cidadania e uma pequena diversão. Mal cheguei à participação, deparei com uma polémica surpreendente: Um grupo de outros bloggers visivelmente irritados , insurgiam-se contra o nome do blog Café Portugal, pois já existia outro, o seu , com o nome de Café Portugal. Tanto eu como os meus conterraneos, desconheciamos a existencia do referido blog, o que é facil de entender para um eborense, pois o café Portugal foi uma instituição marcante da cidade de Évora , não tendo o outro blog do mesmo nome ligação com Évora. É para mim espantoso que jornalistas de rádio, profissionais de comunicação, estejam tão preocupados com um assunto a meu ver menor, como se na blogosfera estejamos a fazer concursos não sei de quê. Ou os meus conceitos éticos andam mesmo nos antípodas - espero que sobre isso me ilucidem os meus amigos- ou isto é um assunto de gente que tem o seu umbigo em grande conta e que tem tempo para se preocupar com um remoto e modesto blog do interior alentejano. Profissionais de comunicação social deveriam mais que quaisquer outros valorizar a comunicação, a participação, que são valores democráticos. Estas são preocupações salazarentas que não me merecem grandes deferências.
Será que estou errado?

O Pai Natal

Cá por casa, o Pai natal continua em vigor.
Os meus filhos acreditam na existência de um homem bondoso original, ao qual sucedeu uma espécie de sindicato de pais natais universais com um eficientíssimo sistema de distribuição cósmica, que faz aparecer por artes berliques e berloques, prendas, durante a noite enquanto todos dormem. Eu, representando esta maravilhosa associação mundial, distribuo embrulhos altas horas da noite, no silêncio e escuridão da casa. Em nome da fantasia e de uma certa perfeição na organização fantasiosa da vida.

Apresentações

A blogosfera é também um lugar aonde se rosna a uma aceitavel e louvavel distancia dos outros.
Desde a adolesçência que vivo inquinado de desconformidade. A idade, trouxe a dúvida que resulta numa forma de rebeldia, inconsequente, pois na realidade acredito em pouca coisa e desconfio de quem proclama verdades demasiado verdadeiras. Desculpem qualquer coisinha, não quero ser indigesto, mas por vezes canso-me deste fado todo. Ou coisa que o valha....

Proclamação

Pois claro!

Nós e eles

É um lugar comum aos vendedores de algo, a persistencia no pessimismo acerca da situação. Mas não se vê o fundo a este poço, a este país mal frequentado.
Eles falam bem, muito ufanos, impantes de lábia, mas até isso já lhes sai mal. A realidade das contas de sumir de quem cá anda, não os deixa ser artistas de ilusionismo. Ligamos a tv nas notícias, e é um sonolento monólogo com as paredes dos cafés. Portugal boceja na espera da chuva, do euromilhões, ou qualquer crime em que apeteça escarafunchar. Que outros virão a seguir? O que faltará ainda des(fazer) para conseguirem triunfar os porcos? Ou as ratazanas?

A lição do dia

1. Já era noite e chovia estupidamente. Subia de carro aquela alameda nas traseiras do teatro, a chegar ao novíssimo Centro Comercial de São Domingos. Estava bloqueado por um carro mal estacionado e por uma cançela com uma placa de sentido proibido. Parei diante do carro que me tapava a marcha e esperei até à impaciência que depressa deu lugar à irritação. Investi na buzinadela e mais e mais ainda. Até ao fim dos tempos se possivel. Nada se passou, aliás, passou: Uma moça de bom ar, saíu à chuva de uma loja, e deslocou a cancela do sentido proíbido para me abrir a passagem. Foi a lição do dia e de todos os outros, em que estou bloqueado, consumido, a ruminar sarilhos imensos e intransponiveis. Por vezes, a solução mora perto, no óbvio tão óbvio que se não vê.

A Petição

Eu bem sei que não é a ASAE que faz as leis que fiscaliza, mas isso não importa para o caso.
A petição serve para acabar com este acabrunhamento indigno, que é o silêncio sobre esta questão vital do ser português. É nosso, o gostar-mos de beber café por uma chávena de loiça, o comermos bolas de berlim na praia, termos mercados com lindíssimas bancadas de mármore, petiscarmos coisas boas , cozinharmos com colheres de pau ou assarmos sardinhas ao ar livre nas noites de São João.
Tudo isto está ameaçado por esta hipocondria de paranóicos, que só serve às grandes empresas do sector alimentar. Tudo isto é anti económico, anti ecológico, anti-humano porque corresponde ao trabalho de formatação da vida, inimigo do prazer de viver. Eis pois, porque esta gente é geradora do crime de depressão colectiva em que estamos submersos. Contra eles - não os que executam mas os que pensam esta barbárie -petições mil!!!