Nestas manhãs de nevoeiro, parto a molhar o nariz na sedução olfactiva dos meus apiários.
Vou ver como hibernam elas, como despertam para as promessas que hão-de vir.
Uma ou outra esteva erra e desponta uma flor acidental que os gelos se encarregarão de devolver ao solo.
Os ratos da serra colonizam colmeias mortas e abandonadas .
Um javali fuçou por ali e encostou numa colmeia que caíu para espanto e irritação das suas moradoras.
O sol demora a romper a névoa mas já há abelhas no ar, não está frio, e desperta em mim, ânsias das minhas exaustivas jornadas primaveris.